Herdeiros dos pais, muitos filhos – que recebem carinho desde a gravidez – não têm mais obedecido àqueles que os criam, tornando-se crianças extremamente rebeldes. Afinal, por que isso acontece? Como fazer para mudar? Segundo a psicóloga pediatra Ana Beatriz Reis, a primeira situação a ser observada é para quem e onde esse filho é problemático.
“Os problemas existem para todos; não é ‘privilégio’ de ninguém. Em cada etapa do desenvolvimento da criança, diferentes situações podem ocorrer, como dificuldades com o desmame, a retirada das fraldas e a adaptação à escola. A questão primordial é encararmos o fato, nunca tentar fugir, pois, por trás de uma ‘criança problema’ pode estar uma ‘pessoinha’ que está sofrendo”, esclarece a especialista.
A psicóloga acrescenta que o sofrimento é o ponto chave. “É preciso se perguntar por que seu filho sofre. Será que ele perdeu alguém muito querido e desde então só tira nota baixa na escola? Ou agride os amigos da escola porque o caçoam por ele estar muita acima do peso? Ou, ainda, está aprontando em casa porque quer chamar a atenção do pai e da mãe que trabalham tanto que não têm mais tempo para brincar com ele? Às vezes colocamos no outro algo que é nosso. Será que você não tem tido problemas demais no trabalho e tem estado sem paciência ou sem tempo para os filhos? O casamento não está bem?”, indagou Ana Beatriz Reis.
A especialista conclui dando dicas aos pais para lidar com a situação. “Muitas famílias veem o limite como um bicho de sete cabeças. Não é assim. Alguns pais têm muita dificuldade, talvez até porque tenham tido uma educação muito severa ou tenham sofrido agressões, mas isso é diferente do que estou querendo transmitir. O limite não é algo que deve inibir a espontaneidade, o lúdico, o brincar, a criatividade da criança, que são características muito preciosas da infância. Pelo contrário, o limite, no singular e no plural, faz parte da vida e da busca por um mundo melhor para nós e nossos filhos. Uma coisa você pode ter certeza, seu filho não vai deixar de amá-lo porque você impõe limites. Pelo contrário, isso pode melhorar, e muito, a relação de vocês, a medida que ele te respeita e você o respeita. Limite é amor também”, definiu.
EBI na educação das crianças
A Igreja Universal, através do trabalho da Escola Bíblica Infantil (EBI), desenvolve um belo trabalho dedicado às crianças. Segundo Graciene Pereira, coordenadora da EBI no Brasil, o objetivo é levar a educação cristã a crianças e pré-adolescentes, fazendo-os conhecer a Palavra de Deus de forma dinâmica, atrativa e inovadora. “Através da prática do ‘amor ao próximo’, buscamos torná-los cidadãos comprometidos com o bem-estar da sociedade em que vivem”, explicou.
A coordenadora acrescenta que a maioria das crianças e dos pré-adolescentes que chega às EBIs apresenta problemas de mau comportamento devido a conflitos familiares, abusos, agressões e dificuldades financeiras. “Porém, na medida em que participam, as crianças começam a apresentar mudanças no comportamento, passando a ser obedientes aos pais, professores, adultos e autoridades”, finalizou.
Quanto aos ensinamentos que os pais devem exercer com os filhos, a Bíblia é bem clara: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” (Provérbios 22:6)
Já os filhos, em Deuteronômio 5.16, fala sobre a importância da obediência: “Honra a teu pai e a tua mãe, como o Senhor teu Deus te ordenou, para que se prolonguem os teus dias, e para que te vá bem na terra que te dá o Senhor teu Deus.”
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